quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Aula Magna - professora Verônica 25 nov

 

A participação da Professora Ma. Verônica Maria Silva dos Santos mostrou duas realidades importantes que podem contribuir para nosso trabalho no PIBID.

 

Uma primeira realidade aparece nas linhas e nas entrelinhas da  sua fala e mostram  o cenário crítico que, no geral, as escolas estão enfrentando ao se engajarem na modalidade remota de ensino: dificuldades de conexão e de acesso aos dispositivos adequados à modalidade remota (problemas de natureza socioeconômica dos alunos e professores); dificuldades dos alunos que vêm da zona rural; despreparo pedagógico, problemas de gestão, entre outros. A palestrante situa seu trabalho na escola em Coruripe dentro desse contexto de dificuldades. Ela, porém, nos apresenta uma segunda realidade. Nessa segunda, deparamo-nos com a atitude responsiva dela, como professora, e da escola, como instituição, comprometidos lidando com a situação nova da pandemia. Não são atitudes passivas; ao contrário: o que podemos fazer para trazer soluções? Para aliviar a tensão? A escola tem até usado a bicicleta como meio de transporte para alcançar alunos que vivem em lugares mais afastados.

 

Nesse “novo” cenário de aulas remotas, vêm a proposta pedagógica da professora. Ela mostrou uma metonímia do trabalho que foi feito e pudemos ver vários tipos de produções: as que deram certo, e outras que nem tanto. O que chama a atenção é o que está nos bastidores do produto final de cada proposta. Não se trata de regras de gêneros de texto, mas de uma concepção de língua/linguagem, de ser humano, de ser humano no contexto de pandemia; de abordagem teórico-metodológica para o trabalho com os letramentos e assim por diante. Esse é o ponto central que está na base das produções.

 


Vale ressaltar a discussão desencadeada sobre que tipo de “texto”, suporte digital”, “rede social” usar. Refletimos que não se trata de escolher os que estão na “moda”; porque o que está na “moda” está posto por critérios não científicos. Os critérios da “moda” são de outra ordem e normalmente são de interesses econômicos. Temos que olhar para a natureza de cada suporte dentro do fluxo da comunicação e sempre a partir da crítica científica.

Por fim, também foi interessante reparar nos comentários avaliativos e nas perguntas realizadas pelos nossos supervisores, bolsistas e convidados. Quando a proposta é boa, o envolvimento é bom. Está aí um bom termômetro para nossas aulas.

 Profa. Andréa da Silva Pereira e prof. Luiz Fernando Gomes

 

Diário reflexivo 1- Reunião com Supervisoras - 17 nov

 

Diário Reflexivo 1ª REUNIÃO com Supervisores

 

Primeira reunião de coordenadores e supervisoras do PIBID/UFAL Língua Portuguesa. 

 

Iniciamos a reunião nos apresentando e conversando sobre nossas vidas durante a pandemia. Foi um momento muito gostoso e importante, porque pudemos falar e ouvir de maneira mais informal sobre nossas dores e sobre as dores de quem conhecemos. Isso nos faz lembrar de que a educação, antes de mais nada, é para alunos, professores e demais envolvidos, enfim: seres humanos. Passamos para as apresentações do projeto PIBID e das escolas. O ponto central desse ponto girou em torno dos relatos das supervisoras sobre a realidade de suas escolas no novo contexto de pandemia. Os três relatos confirmam em maior ou menor medida o discurso recorrente em circulação sobre as experiências no ensino remoto na educação básica não só no Brasil como no mundo. Alguns dos maiores problemas: falta de conexão e dispositivos para os alunos e professores (muitos casos apontam para a realidade de um celular por família. Chama a atenção o esforço de alguns pais em ajudar os filhos a estudarem); falta de apoio pedagógico adequado ao corpo docente; evasão escolar mais acentuada; desorganização na gestão escolar, entre outros. Embora previsível, ficamos espantados em ouvir que alguns alunos aproveitaram o espaço vazio antes ocupado pelas aulas presenciais na escola para se engajaram no trabalho informal. Boaventura de Sousa Santos (2020) em A cruel pedagogia do vírus ––  obra  escrita pelo autor no formato e-book no momento em que o novo coronavírus fazia de alguns países da Europa Ocidental o epicentro do problema, ––  inicia suas reflexões propondo como debate a discussão sobre o sentido de normalidade das instituições em tempos de pandemia. 



Para Sousa Santos, a sociedade neoliberal, cada vez mais sujeita à lógica capitalista, já vive em um constante estado de crise e dessa instabilidade permanente tem justificado seus objetivos: “legitimar a escandalosa concentração de riqueza e boicotar medidas eficazes para impedir a iminente catástrofe ecológica.” (SOUSA-SANTOS, 2020, p.6). A situação de excepcionalidade provocada pelo vírus seria assim a anomalia sobre a anomalia.  A partir disso ficou então a pergunta-provocativa para nós coordenadores e supervisores: como era a situação escolar, nos seus vários aspectos, antes da pandemia? Será que a situação era assim tão melhor que a atual? Ou a “ilusão” de normalidade fechava nossos olhos para realidades críticas que já estavam ali? Terminamos nossa reunião com esse questionamento.

 Profa. Andréa da Silva Pereira e prof. Luiz Fernando Gomes

 

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

 Boas- vindas

Olá, pessoal

Assim como vocês farão seus diários reflexivos semanais, nós também postaremos as nossas reflexões.

Vamos juntar todos os blogs no Blogão do Pibid 2020.


abs

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